Depois de muito tempo sem postar nada, volto para contar um
pouco sobre a minha experiência de viajar sozinha e conhecer o Chile.
Pensar no destino (América do Sul), ficar de
"olho" em promoção de passagens aéreas (confesso que a promoção da TAM
escolheu o país), programar o roteiro (visitar blogs e sites de mochileiros),
reservar o hostel, trocar o dinheiro (optei por levar dólar e fazer o câmbio da
moeda local no país), fazer as malas e pegar o avião.
Essa viagem ao Chile foi minha primeira experiência
internacional e ir sozinha me proporcionou um frio na barriga a mais. Foram
quatro dias no Chile, vou tentar resumir e passar um pouquinho de tudo que vivi
por lá.
Assim que o avião pousou em Santiago tive a sensação de
estar em outro país, a cor do céu e das paisagens era diferente. Fiquei muito
bem hospedado no Rado Hostel que fica no bairro
Bellavista, o próprio bairro é uma atração, cheio de bares, restaurantes e ruas
coloridas. É um bairro antigo e boêmio que fica na encosta do Cerro San
Cristobal e na margem do rio Mapocho, e onde fica a casa de Pablo Neruda, hoje
museu La Chascona, o qual tive oportunidade de conhecer e ficar muito arrepiada
com a energia daquele lugar.
Dificuldades com lingua? Só no começo, depois você
pega o jeito e aprende um monte de palavras novas. Mas fala-se em todos os cantos o velho e bom portunhol. Dificuldades com os zeros
nos preços ? ( 1000,00 ; 3500,00 pesos). Assusta um pouco, mas logo você converte
tudo com uma rapidez.
Ao chegar ao hostel conheci brasileiros sorridentes
que assim como eu viajavam sozinhos, entre um almoço e uns brindes já
rearranjamos os nossos roteiros e partimos para o Cerro San Cristobal. O Cerro
é um dos pontos mais altos de Santiago, nele fica a estátua e o santuário da
Virgem de la Inmaculada Concepción. Do alto do Cerro se tem uma vista incrível
de Santiago, com a Cordilheira dos Andes ao fundo. Subimos e descemos o cerro
de funicular, que fica logo na entrada do parque, que parece um castelinho.
No Cerro experimentei a bebida típica local Mote con Huesillos, é
uma bebida não alcoólica de grão de trigo e pêssego, é doooooce demais. Quer
saber se gostei? Deixo para vocês experimentarem...rs
As noites em Santiago foram bem legais, poucas horas de sono e muitas horas de diversão. Tudo começava com "esquenta" no Hostel, com direito a churrasco e tudo, e depois partíamos para a night. Fomos em pubs e restaurantes no Pátio Bellavista, dançamos reggeaton na boate Constitución, sambamos na rua com uma pseudo bateria.
Quem for a Santiago não pode deixar de provar as bebidas típicas pisco sour e o terremoto. Mas o pisco sour é a minha bebida escolhida, é feito de pisco (bebida destilada da uva), limão, gelo e açúcar (que nem a nossa caipirinha), o diferencial é a clara do ovo, que dá o toque espumoso.

Um dos lugares mais
incríveis que fui é o Vale Nevado, foi o meu primeiro contato com a neve,
que queima que é uma beleza. Um frio danado, mas realizei um sonho e junto com
a minha parceira de trip, a Lu, fizemos um belo boneco de neve, o Chilenito!
Conheci também as cidades vizinhas Valparaíso e Viña Del Mar. Achei Valparaíso meio bagunçado e cheio de ambulantes insistentes, o mais bonito da cidade é a vista para o porto e a outra casa de Plablo Neruda, La Sebastiana. Fiquei encantada mesmo foi com Viña, que é uma cidade muito bela e cheia de flores. Em Viña conheci o pacífico e tive a oportunidade de molhar meus pés em suas águas geladas. ( Esse passeio eu fiz com uma agência, mas indico ir por conta própria e aproveitar tudo ao seu tempo).
Dentre as Vinícolas de Santiago a escolhida foi Concha y Toro, fiz
o tour tradicional em que tive a oportunidade de conhecer a lenda que guarda a
viña El diablo, e degustar quatro tipos de vinhos, dentre eles o vinho Casillero
del Diablo.
De curioso que me chamou a atenção é o fato de não poder sentar em um bar ou restaurante apenas para beber, tem que comer obrigatoriamente.
Não visitei todos os museus e ficaram faltando alguns cerros e
pontos turísticos pelo centro de Santiago. Não consegui completar o meu
roteiro, não por falta de tempo, mas sim porque fiz muitos amigos no hostel e a
companhia deles, com toda certeza, foi a melhor parte da viagem. chilenos, argentinos, brasileiros, australianos, gente de todo o canto do mundo ligados
por uma conexão indescritível....